Fonte: EPTV.com
Uma pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que o trabalhador precisa de duas semanas e meia de trabalho, em média, para conseguir comprar os alimentos básicos para o sustento de um mês da família.
No levantamento sobre os valores da cesta básica, relativos ao mês de setembro, o trabalhador paulista paga R$ 242 por alimentação, quase metade do salário mínimo no Estado, de R$ 510,00. Comparado com o que ganha e a quantidade de trabalho, o trabalhador precisa trabalhar 104 horas para conseguir consumir o básico de alimentação, mostrando que o preço dos alimentos está nas alturas. Considerando que a carga horária média é de 44 horas semanais, para comprar o alimento do família é preciso cerca de duas semanas e meia de trabalho.
A carne e o pão aparecem na lista de compras como os itens mais caros em setembro: levar para casa seis quilos de carne significa trabalhar quase 37 horas e para comprar seis quilos de pão é necessário quase 17 horas da carga de trabalho. O gasto com 7,5 litros de leite ou 4,5 quilos de feijão chega a sete horas de dedicação e três quilos de arroz valem mais 2,5 horas de trabalho.
A pesquisa foi feita em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal. São Paulo ficou em segundo lugar entre os estados onde é preciso trabalhar mais para comprar a cesta básica, atrás somente do Rio Grande do Sul, onde são necessárias 105 horas de trabalho