Venda da Braskem a grupo holandês pode criar a maior petroquímica do mundo

Com capacidade conjunta de 12,25 milhões de toneladas por ano de eteno e quase 18 milhões de toneladas de polipropileno (PP) e polietileno (PE), Braskem e a holandesa LyondellBasell deixariam para trás, com folga, os dois maiores nomes no mercado petroquímico: a chinesa Sinopec e a americana ExxonMobil.

Após meses de especulações, a confirmação veio na sexta-feira (15/06) quando  a Odebrecht publicou fato relevante anunciando formalmente a abertura de negociação para a venda do controle acionário da Braskem à LyondellBasell, companhia holandesa com sede em Roterdã. 

Acionista controladora da Braskem, a Odebrecht informou que as negociações estão em estágio preliminar e que foi concedida exclusividade à LyondellBasell nas tratativas, regidas por acordo de confidencialidade.

De acordo com a nota divulgada pela empresa, a conclusão da transação está sujeita à "negociação dos contratos definitivos e obtenção das aprovações societárias". Não há garantias de que a venda irá, de fato, ocorrer. Caso se concretizar, a Braskem sublinhou que "serão garantidas aos demais acionistas as mesmas condições que vierem a ser negociadas para a Odebrecht".

RAIO-X BRASKEM

Braço petroquímico da Odebrecht, em sociedade com a Petrobras

Número de funcionários: 8.000

Fábricas: 40 (29 no Brasil)

Lucro líquido em 2017: R$ 4 bilhões

Principais concorrentes: Bayer, Basf, DowDuPont

RAIO-X LYONDELLBASELL

Multinacional do setor petroquímico com sede na Holanda

Número de funcionários:13 mil

Fábricas: 55 em 17 países

Lucro líquido em 2017: US$ 1,1 bilhão (R$ 4,1 bilhões)

Principais concorrentes: Total, Sinopec, Sabic, DowDuPont