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02 de Janeiro de 2015

Brasil é atrativo no setor de cosméticos


Escrito por: FETQUIM


FETQUIM

Segundo estudo encomendado pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e realizado pelas consultorias Bain & Company e Gas Energy, para conseguir reduzir o forte déficit comercial, que chegou a US$ 32 bilhões no ano passado, a indústria química nacional precisa se fortalecer em áreas com maior valor agregado, como cosméticos, fragrâncias para perfumes e espumas de poliuretano (com aplicação em estofados e como isolamento térmico e acústico na construção civil).

A pesquisa identifica 20 áreas consideradas de maior atratividade (além de cosméticos; fragrâncias; poliuretano; fibra de carbono, que é material usado na indústria aerospacial; defensivos agrícolas; lubrificantes e outros). Outra área que poderia ser melhor explorada, segundo o gerente do BNDES, seria a produção de poliuretano. “Na construção civil, achamos que há espaço para crescer muito. Na Europa, 64% dos imóveis têm isolamento térmico com poliuretano, no Brasil, só 4%”, diz. Além disso, nessa aplicação, o produto pode substituir o isopor, que é inflamável, enquanto aquele material, com aditivos, não é.

Para o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, a pesquisa do BNDES é importante para desenvolver o segmento, que conta na região com 950 indústrias e mais de 40 mil trabalhadores. Ele acrescenta que o fato de existir por aqui uma central de matérias-primas (o Polo Petroquímico do Grande ABC) ajuda. “É um facilitador que faz toda a diferença”.

O estudo aponta ainda caminhos para desenvolver as áreas identificadas como de forte potencial, como qualificar mão de obra especializada e melhorar o marco regulatório (a legislação).