Desinformação, mentiras e incitação ao ódio marcaram as eleições de 2018. “O povo foi enganado e elegeu um Congresso e um presidente da República que até agora só atacou o direito dos trabalhadores, a organização da classe trabalhadora, sucateou a saúde, a educação e acabou com a Previdência. Não podemos permitir que isso se repita em 2020 na eleição para vereador e prefeito”, afirma Deusdete José das Virgens, secretário de Finanças da Fetquim e diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo.
O Facebook teve que acatar o pedido do Supremo Tribunal Federal de bloquear, em todo o mundo, as contas de perfis bolsonaristas que incitam o ódio e promoviam fake news. Técnicos da rede social identificaram 35 contas, 14 páginas e 1 grupo, além de 38 contas no Instagram, que pertence ao Facebook. O grupo contava com 350 participantes, a maioria deles, servidores, gente paga com dinheiro público. Já as páginas no Facebook somavam 883 mil seguidores, e os perfis do Instagram, 917 mil.
Dando detalhes de como funcionava a operação das páginas de fake news bolsonaristas, o programa de TV Fantástico destacou, por exemplo, as notícias falsas criadas sistematicamente contra Fernando Haddad (PT), oponente de Bolsonaro na eleição de 2018.
O PSol solicitou recentemente à CPMI das fake news que investigue os ataques aos perfis do professor de história Marcelo Biar, dirigente do partido no Rio de Janeiro, morto pela covid-19.
“Precisamos fiscalizar mensagens de ódio e mentiras propagadas pelas redes sociais, denunciar os perfis e combater o descaso com os cuidados de saúde necessários para enfrentar a pandemia de Covid-19, não se trata de uma gripezinha, a doença é séria, a prevenção é necessária, o governo precisa cuidar do seu povo, dar apoio, comida e informação real”, afirma Deusdete.
Parte da rede de distribuição de fake news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ) já foi derrubada.
A medida só aconteceu após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, mexer no bolso do Facebook, aumentando o valor da multa diária contra a rede social para R$ 1,2 milhão e cobrar o pagamento de R$ 1,92 milhão por descumprimento da ordem judicial. O ministro também intimou pessoalmente o presidente da empresa no país a cumprir sua determinação.