O acordo da Campanha Salarial dos Farmacêuticos 2021 foi formalmente fechado hoje, dia 12 de abril, em cerimônia virtual que pode ser acompanhada por todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor. Conseguimos garantir a Convenção Coletiva dos Farmacêuticos até 2023 e a reposição integral da inflação pelo INPC: 6,94%.
As assembleias realizadas pelos sindicatos filiados à Fetquim/CUT, Intersindical e Unidos PraLutar e as duas rodadas de negociação garantiram um acordo significativo em plena pandemia.
“Sem trabalhadores e trabalhadoras, sem unidade na luta, sem indústria, não há continuidade, temos que acreditar e agir para que sejamos capazes de seguir adiante", disse Airton Cano, coordenador político da Fetquim, referindo-se à conjuntura fúnebre no Brasil, sem saúde, sem vacinas, sem hospitais de campanha, sem política econômica e social para enfrentar a pandemia.
O que muda para a categoria
O acordo firmado por meio da Fetquim garantiu um reajuste de 6,94% em todas as faixas salariais, até o teto de R$ 8.800. A expectativa inicial era de um reajuste de cerca de 6,5%, mas devido a alta da inflação no mês de março (0,86%), o índice acumulado para os últimos doze meses, referente a data-base da categoria (1º de abril), fechou em 6,94%, ligeiramente acima do esperado.
Os novos pisos da categoria passam para R$ 1.719,33 (empresas até 100 trabalhadores) e R$ 1.930,93 (nas empresas maiores). Os trabalhadores que ganham acima do teto de R$ 8.800, receberão um reajuste fixo de R$ 572.
No vale-alimentação o reajuste foi de mais de 10%. Nas empresas com até 100 trabalhadores a correção será de 10,5% e o vale passa a ser de R$ 266. Nas empresas maiores a correção será de 10,6% e o vale passa a ser de R$ 400.
O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.
A data base dos farmacêuticos é 1º de abril e o reajuste será retroativo.