O Presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, participou na terça-feira, 6/10, da mesa de abertura da audiência pública sobre contaminação por agrotóxicos nos alimentos em Santo André, realizada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e defendeu o direito à informação da população em relação à qualidade dos alimentos e da água consumidos na cidade e na região.
“A química tem que ser para salvar vidas, não para gerar doenças. A importação de agrotóxicos, que em 2014 chegou a US$ 7,1 bilhões, é um dos principais componentes do déficit comercial da indústria química, que foi de US$ 31,6 bilhões no ano passado. Agrotóxicos banidos até na China por serem cancerígenos são vendidos livremente no Brasil. Por defendermos a vida, participamos da campanha nacional contra os agrotóxicos.”
A abertura da audiência foi feita por militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), da qual participaram com apoio do Sindicato, e apresentaram uma cena teatral sobre os perigos do agrotóxico. O MPA realiza seu I Congresso Nacional de 12 a 16 de outubro, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, com mais de 4 mil camponeses e camponesas de todo o Brasil, para debater o “Plano Camponês”, aliança camponesa e operária por soberania alimentar que tem o alimento saudável como centro. Durante o Congresso, haverá feira aberta com produtos do campesinato de todo o País.
Também participou da mesa de abertura Alderon Costa, ouvidor-geral da Defensoria Pública de São Paulo, que ressaltou a coragem do Defensor Público Marcelo Novais por propor e concretizar a audiência pública. “O tema é complexo e gera conflitos. Mas autonomia da Defensoria Pública é isso: tratar dos temas, mesmo que levem a enfrentamentos com o Estado.”