Fonte: DIEESE
Até o final de 2013 devem ser injetados na economia aproximadamente R$ 5,9 bilhões em consequência do pagamento do 13º salário dos trabalhadores do ramo químico de todo o Brasil. Este montante será pago aos cerca de 1,88 milhão de trabalhadores do mercado formal, distribuídos nos seguintes segmentos: Sucroalcooleiro, Papel e celulose, Químicos, Cosméticos, Farmacêutico, Borracha, Plásticos, Vidro, Brinquedos, Minério e Petróleo e Gás Natural. Em média, cada trabalhador será beneficiado com um rendimento adicional de R$ 3.135,96.
A estimativa é da Rede Químicos do DIEESE, que utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nos cálculos, foi considerado o total de assalariados com carteira assinada que trabalhavam em dezembro de 2012, acrescido do saldo de geração de empregos no ramo químico de janeiro a setembro de 2013.
O DIEESE não levou em conta os autônomos e assalariados sem carteira ou os trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.
Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem antecipadamente ao menos uma parte do 13º, por ocasião das férias ou por definição de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Assim, os dados apresentados constituem uma projeção do volume total de reais que entra na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2013. Entretanto, estima-se que a maior parte seja paga no final do ano.
O número de empregados no ramo químico que devem receber o 13º salário em 2013 é 3,6% superior ao apurado para o ano de 2012. Visto que mais de 65 mil pessoas se incorporaram ao mercado de trabalho formal no ramo químico entre janeiro e setembro de 2013.
Para efeito de comparação com 2012, o montante a ser pago a título de 13º em 2013 é 10,5% maior do que o estimado para o ano de 2012.
Refletindo a maior capacidade econômica da região, a parcela mais expressiva do 13º salário (69,6%) deve ficar nos estados do Sudeste, onde está concentrada a maior parte dos trabalhadores do ramo químico (58,3%). Outros 11,53% do total devem ser pagos na região Nordeste, enquanto no Sul entrará em circulação 11,02% do total. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 5,35% e 2,93% do montante em reais.
Na análise por região, o Sudeste registra o maior valor médio de 13º salário (R$ 3.743,87) e a região Sul o menor valor (R$ 2.110,51). As maiores médias a título de 13º devem ser pagas nos estados do Rio de Janeiro (R$ 7.783,57), de Sergipe (R$ 4.612,69) e da Bahia (R$ 4.231,75). Em São Paulo, o valor médio do 13º deve ser de R$ 3.310,32. Os menores valores de 13º devem ficar nos estados do Piauí e da Paraíba: R$ 1.138,37 e R$ 1.186,09, respectivamente.
O trabalhador do setor químico, assim como os demais trabalhadores brasileiros, tende a gastar a maior parte dessa renda adicional com o 13º na economia local, contribuindo para o aumento da procura por serviços, das vendas do comércio e da produção das indústrias. A outra parte dessa renda será destinada à poupança, quitação de dívidas ou pagamento de despesas típicas do início do ano como, por exemplo, impostos, matrículas e materiais escolares.