Voltar

Resistência permanente contra retrocessos e corte de direitos

O resultado eleitoral mostra que a maioria dos brasileiros está insatisfeita com o momento político, pois 76 milhões de brasileiros ou votaram no Haddad, ou nulo, branco, e milhões se abstiveram de votar. São os brasileiros da resistência à retirada dos direitos, que exigem cumprimento da Constituição em vigor com respeito a todos e impõem a construção permanente de uma sociedade justa e solidária. Infelizmente o discurso do ódio contaminou o processo eleitoral, e muitos foram levados por essa violação psíquica com medo e coação, que precisamos reconquistar com nosso trabalho de base permanente. 

Cabe a todas as forças populares, sindicatos, partidos progressistas, democratas estarem de cabeça erguida, pois na luta de classes não podemos nos curvar ao retrocesso da exploração e à volta de uma sociedade escravocrata com direitos diminuídos. Os direitos do trabalhador, a organização no local de trabalho, as melhores condições de trabalho, os direitos de ter uma aposentadoria digna devem persistir. Além de termos mais saúde, educação, habitação, entre outros  direitos inalienáveis, assim como a liberdade de expressão. 

Não podemos retroceder a ameaças, mortes, à louvação da tortura durante a ditadura militar,  pressões, mentiras que ocorreram principalmente durante o processo eleitoral.

Seguir em frente significa unir forças. Não desanimar. Continuar discutindo e politizando os trabalhadores, para que não sejam massa de manobra de "mitos" sem essência, fabricados pelos meios de comunicação do grande capital.

A defesa das entidades, como o MST, MTST, sindicatos, povos indígenas, é essencial, pois faz parte do que é primordial em nossa Constituição, ou seja promover permanentemente a solidariedade entre os desiguais, e não promover o ódio e a pulsão de morte tão desagregadora entre o povo. Criminazalizar ainda mais os movimentos sociais é sem dúvida um crime de lesa pátria!

Repúdio também a todas as mortes que ocorreram na Campanha Eleitoral!

O momento é reunir forças entre as Centrais Sindicais, movimentos sociais, partidos políticos progressistas e de todos os democratas para essa luta de resistência.

Remígio Todeschini

Remígio Todeschini |
Pesquisador de saúde, trabalho e previdência da UNB e assessor da Fetquim-SP