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Produção sim, risco à saúde não!

Nanociências e nanotecnologias têm sido apontados como uma nova revolução industrial no desenvolvimento de novos materiais e de modificações nos processos produtivos e devem ser vistos com parcimônia pois na maioria das vezes são ações que visam somente o lucro.

O movimento sindical luta contra os impactos negativos provocados pelas industrias, uma vez que o processo nos mostra riscos de saúde a exposição de pequenas nanopartículas. Um exemplo prático acontece nas indústrias de sementes deixando o agricultor cada vez mais refém do sistema e da exploração do capital, sem se preocupar com sua condição física e exposição a essa tecnologia, além do descarte irregular no meio ambiente.

É possível produzir sem a adição de nanos. Por outo lado tem crescido a desconfiança de alguns setores de opinião pública como os milagres dos transgênicos, bem diferente do que ocorreu com a biotecnologia. Ainda é cedo para afirmar que a nanotecnologia será a base de um novo paradigma econômico.

Há consenso que um novo aspecto das nanos tem avançado sobre influência de uma demanda do mercado global. Mas é necessário também visualizar  os problemas  que podem ocorrer, principalmente relacionados a saúde do trabalhador. Não dá para repetir o erro do  benzenismo da década de 70.

A Fetquim defende a produção limpa sem danos a saúde e ao meio ambiente, pois é inadmissível valorizar o lucro acima da vida.

 

André Henrique Alves

André Henrique Alves |
Secretário de Saúde e Condições de Trabalho da Fetquim