Estamos vivenciando em nosso país mais uma tentativa de ruptura da nossa democracia e, mais uma vez, estamos sendo chamados a definir nosso presente e nosso futuro enquanto nação. O momento exige que nos posicionemos a favor da consolidação de um país democrático ou mergulharemos na destruição de uma vitória duramente conquistada em 1988, quando da promulgação da Constituição Cidadã e o sentimento que se consolida entre nós é o de rejeitar qualquer ameaça contra a estabilidade institucional vigente.
Temos convicção que está em curso a disputa entre dois projetos políticos antagônicos e que o objetivo é derrotar o projeto de inclusão e desenvolvimento popular, que mesmo permeado por contradições, garantiu muitos avanços sociais nos últimos 12 anos.
Contudo entendemos que, ao mesmo tempo que nos posicionamos contra o processo de impedimento da presidenta, por entender que essa medida ataca de forma letal nossa democracia, exige de nós também um posicionamento firme contra as medidas econômicas adotadas, especialmente, contra o ajuste fiscal que vem sendo promovido pelo governo federal. Ajuste esse que compromete direta e negativamente a vida dos trabalhadores e trabalhadoras desse país. Retirada de direitos, desemprego e corte em investimentos sociais não representa o projeto político que defendemos e reelegemos há um ano atrás.
O período sombrio porque passa o Brasil deve se constituir sim num momento propício para se aprofundar os ideais democráticos, buscar maior mobilização e engajamento popular na defesa intransigente de nossa liberdade e contra essa pauta conservadora que o Congresso Nacional mais reacionário de todos os tempos quer nos impor.
A hora agora é de ocupar arduamente as ruas e dizer em alto e bom som que democracia não se questiona, se aperfeiçoa, que temos lado e somos contra as tentativas golpistas e desestabilizadoras, que não aceitaremos medidas antidemocráticas e antipopulares que nos atacam frontalmente.
Nesse importante e decisivo momento para a sociedade brasileira reafirmamos que aprendemos sim a lição da democracia e rejeitamos o oportunismo da direita assim como todos os seus mecanismos de desestabilização do governo legitimamente eleito em 2014, que vai durar até 2018.
Nos corações e nas mentes dos brasileiros e brasileiras o que está latente nesse momento é a certeza que nossa resistência é nossa arma para continuar alimentando nossos sonhos.
Derrotaremos o golpe nas ruas, nas redes sociais, com amplas manifestações de todos os movimentos sociais e setores democráticos e progressistas desse país que se opõem a essa agenda negativa de retrocessos que a oposição conservadora com o apoio da mídia monopolista quer impor ao nosso país. Estaremos em mobilização permanente até que o golpe seja derrotado e nesse sentido convocamos as mulheres, a juventude, toda a classe trabalhadora para ocupar as ruas nesse 16 de dezembro e a fortalecer essa luta que que é minha, é sua e de todo povo brasileiro.