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03 de Junho de 2020

Sindicatos trabalham ativamente na defesa dos trabalhadores durante a quarentena


Escrito por: Fetquim


Fetquim

O trabalho do sindicato em tempos de pandemia continua ativo, apesar das sedes e subsedes ainda estarem fechadas ao público por causa da quarentena para evitar a propagação da Covid-19.

Dirigentes sindicais têm atuado ativamente via celular na formatação de acordos benéficos aos trabalhadores em pequenas, médias e grandes empresas.

Na fabricante de embalagens plásticas Finart, a diretora da Fetquim e do Sindicato dos Químicos Unificados de Osasco, Claudia Bueno, conseguiu reverter acordos individuais que a empresa estava fazendo com os trabalhadores para acordos coletivos e com ganhos expressivos.

“Conseguimos atuar contra a suspensão de contrato para 17 trabalhadores e intermediamos a redução de 25% dos salários para 33 trabalhadores, com mais 30 dias de estabilidade além da prevista em lei, multa de 100% do salário nominal em caso de demissão sem justa causa, manutenção do vale alimentação e do plano médico e nenhum impacto sobre as férias e o 13º salário”, diz Claudia.

Todas as consultas aos trabalhadores foram feitas por meio eletrônico, via whattsapp e telefone. “A atuação do sindicato é ainda mais relevante em tempos de pandemia, é a única defesa que o trabalhador e a trabalhadora têm diante deste governo genocida, que não tá nem aí para o povo e que governa só para um grupo de empresários”, afirma ela.

Claudia Bueno conta que os Unificados de Osasco têm feito uma campanha para que os trabalhadores e trabalhadoras se cadastrem no whattsapp do sindicato para compartilharem informações, dúvidas e trocarem informações, ainda mais durante a pandemia. "Cada relato de suspeita de Covid-19 nos mobiliza a entrar em contato oficialmente com a empresa em busca de informações e de quais medidas de proteção aos trabalhadores estão sendo tomadas", revela. 

Além disso, é por meio do whattsapp que o sindicato fica sabendo rapidamente quando alguma empresa está chamando os trabalhadores individualmente para negociar a redução de salários ou demissões, preservando o anonimato. "Quanto mais rápida a informação, mais rápida a reação do sindicato", diz Claudia.