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14 de Maio de 2018

Trabalhadores da Arese conquistam PLR maior que convenção coletiva


Escrito por: Químicos Unificados de Campinas e Osasco


Químicos Unificados de Campinas e Osasco

Os trabalhadores e trabalhadoras da Arese Pharma, de Valinhos, conquistaram aumento de 6,5% no valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) acima do valor da PLR mínima, que teve reajuste de 7,5% para todas as empresas, no acordo da Convenção Coletiva do Farmacêuticos, fechado em abril deste ano.

A conquista foi fruto de pauta protocolada junto a empresa, dia 25 de abril, pelo Sindicato Químicos Unificados – Regional Campinas, que reivindicou ainda que a Arese Pharma cumprisse nossa Convenção Coletiva no que diz respeito ao  acesso e subsídio de medicamentos aos trabalhadores da indústria farmacêutica.

Desconto em medicamentos

A Arese Pharma não estava cumprindo a convenção coletiva e não subsidiava medicamentos aos/as seus/suas trabalhadores/as. A partir da reunião com o sindicato, no dia 04 de maio, a empresa se comprometeu a reembolsar os medicamentos adquiridos pelos/as seus/suas trabalhadores/as de acordo com as regras definidas na nossa convenção, até firmar convênio com as farmácias locais.

O que manda a convenção

Nossa convenção coletiva prevê que as empresas subsidiarão aos seus empregados e dependentes os medicamentos sob prescrição médica e mediante apresentação da receita:
– Para os salários de R$ 2.417, 30 – subsídio de 80% (o restante será descontado na folha de pagamento do empregado)
– Para salários de R$ 3.900,88 – subsídio de 50% (o restante será descontado na folha de pagamento do empregado)
– Para os salários acima de R$ 7.334,30, o limite do subsídio será o valor fixo de R$ 2.200,29.
Para maiores detalhes, consulte nossa convenção coletiva: http://quimicosunificados.com.br/nossos-direitos/

Importância de ser sindicalizado

Como todos sabemos, o governo golpista do Temer atendeu ao pedido dos patrões e criou uma lei para permitir ataques aos direitos trabalhistas e também quebrar não apenas a estruturação financeira dos sindicatos, mas também a Justiça do Trabalho.

Antes da reforma trabalhista, como o imposto era compulsório, todos os acordos e benefícios negociados pelo Unificados eram estendidos a todos os/as trabalhadores/as, fossem eles sindicalizados ou não.
A partir de agora, os acordos que fecharmos, como por exemplo os programas de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), aumentos e benefícios a mais valerão apenas para os sindicalizados e os que aderirem ao acordo.

Se você conhece companheiros de trabalho que ainda não são sindicalizados, converse com eles para que se associem. Não estar junto com o sindicato significa estar exposto à retirada de direitos e não ter acesso aos acordos e serviços essenciais neste contexto de ataques que os patrões impõem aproveitando-se da reforma trabalhista.
Juntos, sindicato e trabalhadores, podemos muito.