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21 de Março de 2018

Stephen Hawking e o alerta sobre automação e a desigualdade social


Escrito por: Agências


Agências

Nos últimos anos, em uma série de entrevistas e palestras, o físico britânico Stephen Hawking, que morreu na quarta-feira (14/03), vinha divulgando os perigos atrelados à tecnologia desenvolvida sem parâmetros éticos: armas autônomas, desigualdade social e o fim da raça humana.

Em 2015, ao lado de outros pesquisadores e empresários, ele assinou carta aberta onde pediam aos governos maior cautela acerca da tecnologia.

Para Hawking, a inteligência artificial pode levar ao aumento da disparidade social tendo em vista o iminente desemprego proporcionado pela automação.

“A sofisticação da tecnologia nos ajudará a resolver uma série de problemas e, claro, gerará empregos. Entretanto, um dos efeitos colaterais estaria no aumento da diferença entre pobres e ricos, uma vez que pessoas com mais recursos estariam mais preparadas para se adaptarem a um novo cenário onde robôs assumem boa parte de nossas funções e, eventualmente, se tornem mais atraentes para empresas e grandes companhias "contratá-los", disse.

Hawkings não descartava as perspectivas positivas que a tecnologia pode nos oferecer. Para ele, há potencial de erradicar doenças e a pobreza.

“Em resumo, a ascensão de uma poderosa inteligência artificial será o melhor ou o pior a acontecer à humanidade. Nós ainda não sabemos o que será”, declarou, na ocasião.