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06 de Dezembro de 2019

Químicos do ABC aprofundam estudo sobre Mediação de Conflitos


Escrito por: Fetquim


Fetquim

O Sindicato dos Químicos do ABC promoveu na última quinta-feira (5/12) um seminário sobre o Sistema Democrático de Justiça e a adoção da mediação como uma prática interessante para a resolução de conflitos trabalhistas.

Além de químicos, integrantes de outras categorias se interessaram pelo tema e marcaram presença, como bancários, papeleiros, vidreiros e sociólogos, entre outros.

“A mediação ganhou ainda mais importância após a “deforma trabalhista” e é uma ferramenta coletiva de luta e resolução de conflitos que preserva o vínculo entre as partes e que deve ser encarada como uma solução para o novo sindicalismo”, reforça Raimundo Suzart, presidente do Sindicato dos Químicos do ABC.

Apesar do nome, a conciliação no meio jurídico não é uma harmonização entre as partes, uma vez que uma terceira pessoa é quem tem a palavra final e ela ocorre geralmente após a extinção do contrato de trabalho. Já na mediação, ambas as partes em conflito têm voz ativa e irão trabalhar juntas para a solução da questão. O mediador não sugere nada, não decide nem interfere e o vínculo entre as partes se renova.

O juiz do Trabalho da 10ª Região e juiz auxiliar mediador da vice-presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Dr. Rogério Neiva, explicitou como se dá, na prática, a condução das mediações e conciliações.

Qualquer conflito, segundo ele, pode ser resolvido em três níveis: força, direitos e nos interesses entre as partes. “É importante quebrar o paradigma de tentar resolver conflitos trabalhistas só por meio de audiências, por força ou direitos”, afirmou Neiva.

“A mediação do conflito se baseia nos interesses entre as partes, contribui com a regulação social, portanto, não é só uma forma de luta, mas uma forma de unificação e refundação da representatividade sindical”, ressaltou o Dr. Mathius Sávio Cavalcanti Lobato.

Dr.Lobato alertou também para a possbilidade de os sindicatos oferecerem a mediação, não só trabalhista mas também em questões de família e violência, por exemplo, como uma prestação de serviços aos sindicalizados e"uma forma de aproximar a categoria e financiar o sindicato".

Este seminário foi mais uma iniciativa do Sindicato dos Químicos do ABC para refletir sobre o novo sindicalismo e foi mediado pela advogada, negociadora e mediadora jurídica, Tirsa Coelho.

A iniciativa contou com o apoio e a presença de representantes da Fetquim e Fequimfar.