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01 de Setembro de 2017

Químicos de Campinas e Osasco debatem campanha salarial em 03/09 no Cefol


Escrito por: Sindicato Químicos Unificados Campinas e Osas


Sindicato Químicos Unificados Campinas e Osas

No próximo domingo, dia 3 de setembro, trabalhadores e trabalhadoras das indústrias químicas de Campinas e Osasco têm um encontro muito importante às 9h30 no Cefol Campinas: debater quais serão as reivindicações para a campanha salarial 2017, cuja data-base é 1º de novembro.

É hora de organizar a nossa luta a partir de informações sobre o setor químico. Segundo a Abiquim (Associação Brasileira das Indústrias Químicas), a produção do setor cresceu 3,21% nos últimos 12 meses. Cresceram também as vendas internas (3,73%) mantendo a utilização da capacidade instalada em 80%, muito acima da média da indústria que está utilizando 74,2% de sua capacidade.

Segundo dados levantados pela assessoria econômica do Unificados, este crescimento foi insuficiente para atender a o aumento da demanda doméstica, que cresceu 9,3% nos 12 meses acumulados até junho. Para suprir esse aumento da demanda interna acima do crescimento da produção, o volume de importações aumentou 26,7%. Isso significa que o crescimento interno poderia ter sido muito mais elevado se os patrões tivessem capacidade e interesse em ocupar esse espaço preenchido pelas importações.

Produziu mais com menos

Outro dado importante é que a indústria química registrou um elevado aumento de produtividade que foi 7,6% no ano de 2016 e fechou os 12 meses acumulados até junho de 2017 em 7%. “Isso significa que a mesma quantidade de trabalhadores da indústria química está produzindo 7% mais riqueza que nos anos anteriores. Do ponto de vista do patrão significa que o mesmo custo salarial está lhe garantindo maiores retornos.”, explica Vitor Hugo Tonin, assessor econômico do Unificados.

Em defesa de direitos

É importante lembrar que, no ano passado, patrões de várias empresas parcelaram o reajuste em duas vezes – o que causou perdas que variam de R$ 237,02 (para aqueles que recebem o piso nas fábricas com até 49 trabalhadores) a R$ 350 (para quem recebia um salário de R$ 2.000,00, por exemplo).

Além da reposição destas perdas, é preciso lutar pela garantia de todas as cláusulas já conquistadas pela nossa convenção coletiva, como por exemplo, auxílio creche, adicional noturno de 40%, horas extras em 70% e 110%, entre tantas outras que garantem direitos acima do que é previsto pela legislação trabalhista. Isso porque a aprovação da reforma trabalhista representa uma grave ameaça a todos estes direitos. Ela abre aos patrões, a partir de 13 de novembro, a possibilidade de fazerem propostas abaixo do que a lei determina. Embora nossa negociação ocorra em 1º de novembro – antes da reforma entrar em vigor, os patrões têm gana de retirar direitos conquistados. Vamos para cima, com mobilização total em defesa de nossos direitos!

Luta organizada

A estimativa feita pelo Banco Central é de que a inflação fique na casa dos 2,7%. Será necessária muita organização e unidade na luta para pressionar os patrões a aplicar reajuste com aumento real, que garanta a cada trabalhador/a das indústrias químicas a sua parte pelo aumento da produtividade.

Por isso, vamos construir um encontro com ampla participação dos/as trabalhadores/as de nossa base. Converse com seus companheiros e companheiras de trabalho sobre a importância de marcar presença nesta primeira mobilização pela campanha salarial, que é essencial para organizar a nossa luta em defesa de direitos, qualidade de emprego em cada uma das fábricas e reajustes compatíveis com a lucratividade obtida pelo setor neste último período.

O encontro será às 9h30 no Cefol Campinas, que fica na rodovia D. Pedro I, km 118 – sentido Jacareí.