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11 de Maio de 2020

Petrobras pode enfrentar ação do MPT por expansão de Covid19 em suas unidades


Escrito por: Fetquim


Fetquim

A aglomeração, o confinamento nas plataformas de petróleo  e a falta de medidas imediatas por parte da empresa para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid19) facilitaram a disseminação da doença entre os trabalhadores da Petrobras.

Mais de 800 petroleiros próprios da empresa e terceirizados já foram contaminados, segundo o Ministério de Minas e Energia, que no seu cálculo utilizou informação repassada pela própria petroleira. Há ainda 1.642 casos sendo investigados.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e os sindicatos dos trabalhadores denunciam a demora da Petrobras para evitar o problema.  Por outro lado, a Petrobras afirma que vem adotando uma série de medidas preventivas.

O que a Petrobras está fazendo

Para tentar fazer frente à pandemia, os gestores da Petrobras começaram a adotar iniciativas de prevenção em meados de março. A principal delas foi a medição de temperatura e anamnese, feita por uma equipe de saúde da empresa, de quem embarcava para as unidades marítimas. Em seguida, alterou a rotina nas embarcações. A escala de trabalho passou de 14 para 21 dias consecutivos. O contingente embarcado foi reduzido à metade. E foram estabelecidas restrições ao uso dos espaços de convívio.

Mas, até então, não havia qualquer garantia de que os petroleiros já não chegavam contaminados para o confinamento. Somente no último dia 20/04 a empresa passou a analisar mais criteriosamente a tripulação antes de liberá-la ao embarque. Neste momento, porém, 236 empregados próprios e terceirizados já estavam contaminados e havia a suspeita de que mais de mil também estivessem com a doença, segundo o MME.

"A Petrobras demorou a agir e algumas medidas básicas ainda não estão sendo tomadas, como a realização de testes em todas as unidades operacionais”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e representante dos empregados da Bacia de Campos, Tezeu Bezerra, em entrevista ao O Estado de São Paulo.

Petrobras pode enfrentar ação do MPT por expansão de Covid19 em suas unidades

A aglomeração, o confinamento nas plataformas de petróleo  e a falta de medidas imediatas por parte da empresa para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid19) facilitaram a disseminação da doença entre os trabalhadores da Petrobras.

Mais de 800 petroleiros próprios da empresa e terceirizados já foram contaminados, segundo o Ministério de Minas e Energia, que no seu cálculo utilizou informação repassada pela própria petroleira. Há ainda 1.642 casos sendo investigados.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e os sindicatos dos trabalhadores denunciam a demora da Petrobras para evitar o problema.  Por outro lado, a Petrobras afirma que vem adotando uma série de medidas preventivas.

O que a Petrobras está fazendo

Para tentar fazer frente à pandemia, os gestores da Petrobras começaram a adotar iniciativas de prevenção em meados de março. A principal delas foi a medição de temperatura e anamnese, feita por uma equipe de saúde da empresa, de quem embarcava para as unidades marítimas. Em seguida, alterou a rotina nas embarcações. A escala de trabalho passou de 14 para 21 dias consecutivos. O contingente embarcado foi reduzido à metade. E foram estabelecidas restrições ao uso dos espaços de convívio.

Mas, até então, não havia qualquer garantia de que os petroleiros já não chegavam contaminados para o confinamento. Somente no último dia 20/04 a empresa passou a analisar mais criteriosamente a tripulação antes de liberá-la ao embarque. Neste momento, porém, 236 empregados próprios e terceirizados já estavam contaminados e havia a suspeita de que mais de mil também estivessem com a doença, segundo o MME.

"A Petrobras demorou a agir e algumas medidas básicas ainda não estão sendo tomadas, como a realização de testes em todas as unidades operacionais”, disse o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e representante dos empregados da Bacia de Campos, Tezeu Bezerra, em entrevista ao O Estado de São Paulo.