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16 de Maio de 2018

'Lula livre' é destaque da 2ª Conferência Regional da América Latina e Caribe da IndustriAll 


Escrito por: Fetquim


Fetquim

A delegação química da CUT apresentou aos participantes da 2ª Conferência Regional da América Latina e Caribe da IndustriAll Global Union um panorama da situação política brasileira depois de dois anos de golpe e a prisão política do ex-presidente Lula com o objetivo de afastá-lo das eleições para a Presidência da República em 2018.

Na saída do encontro sindicalistas de diversos países proclamaram juntos um sonoro 'Lula Livre' e prometeram denunciar e acompanhar de perto o que está acontecendo no Brasil.

Os químicos relataram como se deu de forma apressada e antidemocrática a aprovação da reforma trabalhista no Brasil, o esvaziamento proposital do caixa da Previdência Social para fins de priovatização, a isenção fiscal a grande empresas, a venda do patrimônio público e o ataque à Petrobrás e o pré-sal, entre outros pontos.

"Nossas organizações estão firmemente comprometidas com a luta em defesa da democracia que conseguimos realizar através de enormes sacrifícios. A democracia, a extensão dos direitos trabalhistas e a distribuição de renda são pressupostos básicos para a construção de um continente mais justo ", lembrou Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL.

Companheiros argentinos também relataram ataques semelhantes das políticas neoliberais sobre os direitos dos trabalhadores e a democracia no país. Por exemplo, na Argentina, o governo de Mauricio Macri implementa uma política econômica de "ajuste" que provocou uma catarata de demissões, privatização de empresas estatais e a flexibilidade da mão-de-obra com o objetivo de tornar a Argentina um país atraente para os investidores, em detrimento dos trabalhadores.

Em Honduras, eleições presidenciais fraudulentas foram realizadas em novembro, onde a Suprema Corte esperou quase dez horas para publicar os primeiros resultados, e os das eleições se reuniram uma semana depois.

"O modelo neoliberal e as grandes corporações querem impor um trabalho precário em nós. Vamos agir por um modelo de justiça social e desenvolvimento sustentável global", finalizou o secretário regional da IndustriALL, Marino Vani.